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Estudantes da rede estadual de Caldeirão Grande criam projeto em defesa da Caatinga

 Estudantes da rede estadual de Caldeirão Grande criam projeto em defesa da Caatinga
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A Caatinga é um bioma genuinamente brasileiro, onde é possível encontrar uma rica variedade de espécies da flora e fauna. No entanto, a terra rachada e ressecada e a carcaça de boi são as imagens mais associadas a essa região do semiárido brasileiro, induzindo à ideia preconcebida de ser um ecossistema que se resume à seca. Com o intuito de desconstruir esse preconceito e mostrar a importância de sua rica biodiversidade, duas estudantes do Colégio Estadual Rômulo Galvão, no município de Caldeirão Grande, localizado no território de identidade Piemonte Norte do Itapicuru, desenvolveram o projeto “Cidadão planetário: conhecendo e preservando a Caatinga”.

“O bioma é visto, muitas vezes, como um lugar de pobreza, de miséria e seca. No entanto, é único e exclusivo do Brasil. Nosso projeto, que teve início em 2022, quando éramos ainda alunas do 1º ano do Curso Técnico em Administração, tem esse objetivo de levantar uma visão crítica e autocrítica sobre as questões ambientais, com base em três Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS): educação de qualidade, combate às alterações climáticas e vida sobre a terra”, revela a estudante Thays Fagundes, destacando que até mesmo os integrantes da comunidade escolar não tinham conhecimento sobre a importância do bioma para a redução do aquecimento global e como fonte rica de matérias-primas.
Foto: Ascom/SEC

A ideia das duas alunas surgiu a partir de visitas às áreas do próprio município e pesquisas realizadas no Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradadas da Caatinga (CRAD), projeto coordenado pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). “Através desse estudo, percebemos a necessidade de amplificação das ações para a valorização do bioma e iniciamos a produção e venda de mudas de cactos, acrescentando ao Curso Técnico em Administração, aspectos do empreendedorismo”, explica a outra estudante, Laís Araújo Silva, lembrando que o mandacaru pertence à família dos cactos e é a planta símbolo do bioma Caatinga.

As mudas são produzidas por meio da técnica de estaquia, que utiliza um pequeno pedaço de uma planta já desenvolvida para a produção de mudas de boa qualidade. As alunas produziram um vídeo sobre o projeto, que está disponível na Plataforma Youtube, no link https://youtu.be/1bUydSS_f0o?feature=shared
scom/SEC

Segundo a professora e orientadora das estudantes, Nádja Cajado da Silva, a venda de mudas de cactos é uma das ações mais significativas do projeto, uma vez que proporciona a arrecadação de fundos para a compra de materiais educativos, para a realização de eventos de conscientização ambiental e propagação de espécies nativas da Caatinga. “Em dois anos, o projeto já impacta positivamente na comunidade, que já está mais consciente da importância da sua preservação. A valorização do bioma, por meio do empreendedorismo, estimula a produção e venda de mudas orgânicas, interferindo positivamente na economia local. Além disso, os alunos também são beneficiados ao desenvolverem habilidades empreendedoras e de responsabilidade social e ambiental”, conta.

Fonte: Ascom/SEC

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