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Secretário da SJDH acompanha atividades da Caravana de Direitos Humanos no território indígena de Barra Velha

 Secretário da SJDH acompanha atividades da Caravana de Direitos Humanos no território indígena de Barra Velha
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“A Caravana de Direitos Humanos no território indígena é um espaço de cidadania, que fortalece e consolida a rede de proteção dos direitos humanos. A agenda dos povos originários é fundamental para a democracia. Estar aqui nos permite ouvir e acolher as demandas e reafirma o compromisso do Governo do Estado na defesa dos territórios de identidade e das comunidades tradicionais. E, digo mais: não é um favor, somos nós que precisamos agradecer a vocês, povos indígenas, que há 500 anos cuidam das nossas terras, das nossas riquezas naturais, do nosso país”. Essa fala é do secretário Felipe Freitas (Justiça e Direitos Humanos), que acompanhou o segundo dia de ação da Caravana de Direitos Humanos, realizada nesta quarta-feira (25), no território indígena Barra Velha, em Porto Seguro.

A ação da SJDH reúne diversos órgãos municipais, estaduais e federais, a partir da oferta de 17 serviços gratuitos à população indígena dos territórios de identidade Costa do Descobrimento e Extremo Sul Baiano. O ritual sagrado Awê Heruê – que carrega significados como amor, união e espiritualidade -, apresentado pelos indígenas Pataxó, deu o tom solene e cultural neste segundo dia da Caravana de Direitos Humanos, que contou com a presença de lideranças do Conselho de Caciques e de representantes da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), do Tribunal Regional do Trabalho (TRT5), da Superintendência dos Povos Tradicionais Indígenas da Secretaria de Promoção da Igualdade e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi) e da Prefeitura de Porto Seguro.

Com uma fala emocionada, a vice-cacica da aldeia Barra Velha, Uruba Pataxó, destacou que a Caravana tem um papel imprescindível para os indígenas ter acesso a serviços essenciais de saúde e documentação civil, o que promove a inclusão social. “É um orgulho muito grande para a nossa comunidade receber essa ação, que veio para beneficiar nosso povo Pataxó. Esses serviços são importantes para nós, já que não temos acesso fácil. Estamos empenhados em fazer a nossa parte para reafirmar os nossos direitos e valorizar a nossa cultura”, afirmou a vice-cacica.

Serviços – A Caravana de Direitos Humanos totaliza, até o momento, quase 2,5 mil atendimentos, sendo 1,5 neste segundo dia e mil na terça-feira (24). No local, os indígenas têm acesso à emissão de documentação civil básica (certidão de nascimento, 1ª e 2ª via de RG); título de eleitor, carteira de reservista, Certidão de Exercício da Atividade Rural, emitida pela Funai; serviços de Saúde Indígena; atendimento jurídico; conselho tutelar, orientação e cadastro para o Passe Livre Intermunicipal para Pessoas com Deficiência; atendimento multidisciplinar para pessoas LGBTQIAPN+; orientação ao consumidor com o Procon-BA, cadastro de Intermediação de mão de obra, Assistência Social, para os serviços de CadÚnico e Bolsa Família.

Atividades pedagógicas – A prestação de serviços de cidadania e o fortalecimento da rede de proteção dos direitos humanos fazem parte do escopo da Caravana de Direitos Humanos, que até quinta-feira (26) vai continuar garantindo atendimentos para nove (9) comunidades do território de Barra Velha. Os três dias da ação também promovem oficinas e palestras voltadas para a educação e cultura em direitos humanos, mediação de conflitos, cidadania e saúde. O diretor da Escola Indígena Pataxó, Ibuí Pataxó, ressaltou que essas atividades realizadas na unidade escolar, que conta com 600 alunos, foram fundamentais para eles terem acesso aos seus direitos e ampliarem os saberes.

“Realizar a Caravana na escola possibilitou aos nossos alunos não somente acessarem seus documentos, como também, garantiu a eles o conhecimento para o acesso aos seus direitos, ao exercício pleno da cidadania. Isso foi possível através das palestras e oficinas temáticas trazidas pela ação do Estado, o que agrega e muito nas atividades pedagógicas”, afirmou o professor Ibuí Pataxó.

Fonte: Ascom/SJDH

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